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ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

                              ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Nesse XX Domingo do Tempo Comum celebramos a Assunção da Virgem Maria.
O dogma da Assunção foi definido no ano de 1950, durante o pontificado de  Pio XII.
Não sabemos exatamente como e quando se deu a morte de Maria, desde muito cedo festejada como “dormição”. É uma solenidade que, correspondendo ao natal (morte) dos outros santos, é considerada a festa principal da Virgem.
A Igreja celebra hoje em Nossa Senhora a realização do Mistério Pascal. Sendo Maria a “cheia de graça”, sem sombra alguma de pecado, quis o Pai associá-la à ressurreição de Jesus.
A liturgia deste domingo apresenta muito concretamente os valores da Assunção de Maria, o lugar que tem no plano da salvação e suas mensagens à humanidade.
Maria é a verdadeira arca da aliança, é a mulher vestida de sol, imagem da Igreja (1ª leitura). Como a arca construída por Moisés estava no Templo, porque era “sinal e instrumento” da aliança de Deus com seu povo eleito, Maria está no céu em sua integridade humana, pois ela é sinal e instrumento da nova aliança. A arca continha a Lei e, por ela, Deus respondia aos pedidos do povo; Maria nos oferece Jesus, o proclamador da lei do amor, o realizador da nova aliança de salvação; nele o Pai nos fala e nos escuta. Maria é figura e primícias da Igreja, mãe do Cristo e dos seres humanos que ela gerou para Deus na dor, sob a cruz do Filho; é, portanto, anúncio da salvação total que se realizará no reino de Deus.
Isto se dará por obra do Cristo ressuscitado (2ª leitura), modelo e realizador da ressurreição final gloriosa, comunicada em primeiro lugar a Maria, por causa de sua maternidade divina. A Virgem Imaculada foi o anúncio do fim da redenção, que é levar as pessoas a uma inocência integral; a Virgem da Assunção é anúncio da meta final da redenção: a glorificação da humanidade em Cristo. Maria chama hoje os cristãos a se considerarem inseridos na história da salvação e destinados a conformar-se a Cristo na glória, felicidade infinita no encontro comunitário da casa do Pai. Por isso, diz o Concílio que a Assunção de Maria é dada à Igreja, aos homens, como “sinal de segura esperança e de consolação” (LG 68).
Maria mesma transmite suas mensagens às pessoas no seu “Magnificat” (evangelho). Proclama que Deus realizou uma tríplice inversão de falsas situações humanas, para restaurar a humanidade na salvação, obra de Cristo. No campo religioso: Deus derruba as autossuficiências humanas; confunde os planos dos que nutrem pensamentos de soberba, erguem-se contra Deus e oprimem os seus semelhantes. No campo político: Deus destrói os injustificáveis desníveis humanos, abate os poderosos dos tronos e exalta os humildes; repele aqueles que se apoderam indevidamente dos povos, e aprova os que os servem para promover o bem das pessoas e da sociedade, sem discriminações raciais, culturais ou políticas. No campo social: Deus transtorna a aristocracia estabelecida sobre o ouro e os meios de poder; cumula de bens os necessitados e despede de mãos vazias os ricos, para instaurar uma verdadeira fraternidade na sociedade e entre os povos, porque todos são filhos de Deus.
Maria, glorificada na Assunção, é a criatura que atingiu a plenitude da salvação, até a transfiguração do corpo. É a mulher vestida de sol e coroada de doze estrelas. É a mãe que nos espera e convida a caminhar para o reino de Deus. A Mãe do Senhor é a imagem da Igreja: luminosa garantia de seu destino de salvação, porque o Espírito do Ressuscitado cumprirá plenamente sua missão em todos nós, como o fez nela, que já é aquilo que nós seremos.
Que nós nos espelhemos nos atributos marianos: humildade, coragem, sabedoria, paciência etc.
Frei Juracy Aguiar, OFMCap (membro da PROCASP)
 
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