ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
COMPARTILHAR
compartilhar no facebook
compartilhar no messenger
compartilhar no twitter
compartilhar no whatsapp
compartilhar no mais
receba newsletter
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Nesse XX Domingo do Tempo Comum celebramos a Assunção da Virgem Maria.
O dogma da Assunção foi definido no ano de 1950, durante o pontificado de Pio XII.
Não sabemos exatamente como e quando se deu a morte de Maria, desde muito cedo festejada como “dormição”. É uma solenidade que, correspondendo ao natal (morte) dos outros santos, é considerada a festa principal da Virgem.
A Igreja celebra hoje em Nossa Senhora a realização do Mistério Pascal. Sendo Maria a “cheia de graça”, sem sombra alguma de pecado, quis o Pai associá-la à ressurreição de Jesus.
A liturgia deste domingo apresenta muito concretamente os valores da Assunção de Maria, o lugar que tem no plano da salvação e suas mensagens à humanidade.
Maria é a verdadeira arca da aliança, é a mulher vestida de sol, imagem da Igreja (1ª leitura). Como a arca construída por Moisés estava no Templo, porque era “sinal e instrumento” da aliança de Deus com seu povo eleito, Maria está no céu em sua integridade humana, pois ela é sinal e instrumento da nova aliança. A arca continha a Lei e, por ela, Deus respondia aos pedidos do povo; Maria nos oferece Jesus, o proclamador da lei do amor, o realizador da nova aliança de salvação; nele o Pai nos fala e nos escuta. Maria é figura e primícias da Igreja, mãe do Cristo e dos seres humanos que ela gerou para Deus na dor, sob a cruz do Filho; é, portanto, anúncio da salvação total que se realizará no reino de Deus.
Isto se dará por obra do Cristo ressuscitado (2ª leitura), modelo e realizador da ressurreição final gloriosa, comunicada em primeiro lugar a Maria, por causa de sua maternidade divina. A Virgem Imaculada foi o anúncio do fim da redenção, que é levar as pessoas a uma inocência integral; a Virgem da Assunção é anúncio da meta final da redenção: a glorificação da humanidade em Cristo. Maria chama hoje os cristãos a se considerarem inseridos na história da salvação e destinados a conformar-se a Cristo na glória, felicidade infinita no encontro comunitário da casa do Pai. Por isso, diz o Concílio que a Assunção de Maria é dada à Igreja, aos homens, como “sinal de segura esperança e de consolação” (LG 68).
Maria mesma transmite suas mensagens às pessoas no seu “Magnificat” (evangelho). Proclama que Deus realizou uma tríplice inversão de falsas situações humanas, para restaurar a humanidade na salvação, obra de Cristo. No campo religioso: Deus derruba as autossuficiências humanas; confunde os planos dos que nutrem pensamentos de soberba, erguem-se contra Deus e oprimem os seus semelhantes. No campo político: Deus destrói os injustificáveis desníveis humanos, abate os poderosos dos tronos e exalta os humildes; repele aqueles que se apoderam indevidamente dos povos, e aprova os que os servem para promover o bem das pessoas e da sociedade, sem discriminações raciais, culturais ou políticas. No campo social: Deus transtorna a aristocracia estabelecida sobre o ouro e os meios de poder; cumula de bens os necessitados e despede de mãos vazias os ricos, para instaurar uma verdadeira fraternidade na sociedade e entre os povos, porque todos são filhos de Deus.
Maria, glorificada na Assunção, é a criatura que atingiu a plenitude da salvação, até a transfiguração do corpo. É a mulher vestida de sol e coroada de doze estrelas. É a mãe que nos espera e convida a caminhar para o reino de Deus. A Mãe do Senhor é a imagem da Igreja: luminosa garantia de seu destino de salvação, porque o Espírito do Ressuscitado cumprirá plenamente sua missão em todos nós, como o fez nela, que já é aquilo que nós seremos.
Que nós nos espelhemos nos atributos marianos: humildade, coragem, sabedoria, paciência etc.
Frei Juracy Aguiar, OFMCap (membro da PROCASP)