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PASTORAL DOS COROINHAS

 

COROINHAS
 
Menino ou menina que, nas igrejas, exerce o papel de acólito nas funções litúrgicas. Menino e Menina do altar. Ajuda a missa. Acólito, na Igreja católica, é o ministro que acompanha e serve o celebrante dos atos litúrgicos. O documento litúrgico Ordines 34 e 35 descreve a ordenação de acólitos. No século IV, sua função era levar a Eucaristia aos ausentes e apresentar aos sacerdotes o sancta na ocasião da fração do pão.
“O acólito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, bem como distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário” (Instrução Geral sobre o Missal Romano - IGMR, 65). Trata-se do acólito como ministério concedido.
O coroinha ajuda a missa, sem precisar desses requisitos. É quase sempre uma criança ou adolescente que tem como função auxiliar o sacerdote na celebração da santa missa e dos demais atos litúrgicos, como casamentos, batizados etc.
 
NA CELEBRAÇÃO CADA UM DEVE FAZER A SUA PARTE
 
“Na assembléia reunida para a missa, cada um tem o direito e o dever de contribuir com sua participação, de modo diferente segundo a diversidade de função e de ofício. Por isso todos, ministros e fiéis, no desempenho de sua função, façam tudo e só aquilo que lhes compete, de tal sorte que, pela própria organização da celebração, a Igreja apareça tal como é constituída em suas diversas funções e ministérios” (IGMR, 58).
É importante saber qual é o papel do coroinha nesta ou naquela celebração, para que ele não faça aquilo que não lhe compete, ocupando o lugar de outro ministro.
O Concílio Vaticano II, em sua Constituição Sacrosanctum Conclilum n. 29, diz: “Também os ajudantes, leitores, comentadores e componentes da ‘Schola Cantorum’ desempenham um verdadeiro ministério litúrgico. Portanto, cumpram sua função com aquela piedade e ordem que convém a tão grande ministério e com razão deles exige o povo de Deus. Por isso, é necessário que, de acordo com as condições de cada qual, sejam cuidadosamente imbuídos do espírito litúrgico e preparados para executar as suas partes, perfeita e ordenadamente”.
 
MINISTÉRIO CONCEDIDO AO COROINHA
 
Quando Jesus fundou sua Igreja, quis instituir diversos ministérios ou serviços para a comunidade. Na Igreja, todos recebem uma vocação, um chamado. Alguns são chamados a servir como coroinhas.
O Diretório para a Missa com Crianças tem a preocupação de formar as crianças para que celebrem a Eucaristia com alegria e desembaraço, sugerindo que se procure fazer com que elas sejam atuantes, ativas, conferindo-lhes diversos ofícios e tarefas. Dessa forma os coroinhas têm a oportunidade de iniciar e realizar sua caminhada de Igreja, ao encontro do Senhor. A eles possibilita-se que aceitem essa tarefa, importante para a comunidade. O coroinha não é um enfeite, mas alguém que, servindo o altar, está fazendo crescer a comunidade.
Juntos, os coroinhas formam um grupo no qual poderão encontrar união, compreensão, confiança e estima, coisas de que tanto precisam. O pároco deverá, dentro do possível, acompanhar cada um deles em sua realidade pessoal, tomando o devido cuidado para que não venham a cair no “oba-oba”, pois ser coroinha exige responsabilidade, para que assumam, todos juntos e cada um em particular, com amor, este serviço a Cristo e sua Igreja.
Nos encontros dominicais ou em qualquer outro dia da semana, terão eles a oportunidade de refletir sobre a Palavra de Deus previamente escolhida.
 
O QUE SE EXIGE DE UM COROINHA?
 
Ao chegar a igreja, o coroinha deve dirigir-se à Capela do Santíssimo Sacramento ou ao altar em que o sacrário contenha Jesus Sacramentado. Aí, deve fazer uma genuflexão e permanecer em oração por alguns instantes, numa conversa com Jesus Cristo. Só então ele deverá dirigir-se à sacristia, para iniciar as atividades de arrumação do altar para a celebração.
Do coroinha exigem-se piedade, postura, respeito para com os ministérios, respeito para com o sacerdote, respeito e atenção para com os fiéis da assembléia, respeito para com o templo (desde cedo ele deve se acostumar a tratar santamente o lugar sagrado).
Veja algumas atitudes que são necessárias ao coroinha:

- Espírito de disponibilidade: estar pronto para ajudar. 
- Espírito sensível: estar atento às necessidades. 
- Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de coroinhas não deve haver competição, mas ajuda, companheirismo e amizade.
- Espírito de fé: a celebração eucarística é o momento mais forte da vida da comunidade. É ali que todos celebram suas vidas, suas lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, o coroinha não está no altar como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.
 
IMPORTÂNCIA DO COROINHA SEGUNDO JOÃO PAULO II
 
O trabalho realizado pelos coroinhas durante a celebração é de muita importância, pois ajuda no andamento da celebração e para que tudo saia dentro do planejado. O Papa João Paulo II escreveu uma carta dedicada aos coroinhas, veja:
 
João Paulo II pede para que se dedique maior atenção aos coroinhas
 
João Paulo II pediu às comunidades paroquiais e aos sacerdotes que dediquem maior atenção aos coroinhas, meninos e jovens que ajudam no serviço ao altar, pois constituem um “viveiro de vocações sacerdotais”.
O pontífice lança seu pedido na tradicional Carta que envia aos sacerdotes do mundo com motivo da Quinta-feira Santa, na qual presta particular atenção à oração e ao compromisso da Igreja para suscitar vocações à vida consagrada.
“Cuidai especialmente dos coroinhas, que são como um “viveiro” de vocações sacerdotais”, explica o Papa na carta que escreve há 25 anos aos presbíteros do mundo nesta data, na qual se celebra os momentos em que Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio na última Ceia.
“O grupo de acólitos, bem acompanhado por vós no âmbito da comunidade paroquial, pode percorrer um válido caminho de crescimento cristão, formando quase uma espécie de pré-seminário”, declara.
“Recorrendo à cooperação de famílias mais sensíveis e dos catequistas segui, com solícita atenção, o grupo dos acólitos para que, através do serviço do altar, cada um deles aprenda a amar cada vez mais o Senhor Jesus, reconheça-O realmente presente na Eucaristia e saboreie a beleza da liturgia”, sugere o Santo Padre.
“Todas as iniciativas para os acólitos, organizadas a nível diocesano e por zonas pastorais, devem ser promovidas e estimuladas, tendo sempre em conta as diversas faixas etárias”, sublinha.
O Papa João Paulo II se remete à sua experiência de arcebispo de Cracóvia, quando pôde apreciar, segundo revela, “quão proveitoso é dedicar-se à sua formação humana, espiritual e litúrgica”.
“Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloqüente da importância e da beleza da Eucaristia”, declara.
“Graças à acentuada sensibilidade imaginativa, que caracteriza a sua idade, e com as explicações e o exemplo dos sacerdotes e dos colegas mais velhos, também os miúdos podem crescer na fé e apaixonar-se pelas realidades espirituais”, assegura o Santo Padre.
“Nas regulares celebrações dominicais e feriais, os acólitos encontram-vos a vós, nas vossas mãos vêem “fazer-se” a Eucaristia, no vosso rosto lêem o reflexo do Mistério, no vosso coração intuem a chamada a um amor maior”, diz o Papa em sua carta aos sacerdotes.
“Sede para eles pais, mestres e testemunhas de piedade eucarística e santidade de vida”, conclui. Ao apresentar esta terça-feira à imprensa a Carta do Papa aos sacerdotes, o cardeal Darío Castrillón Hoyos, prefeito da Congregação para o Clero, disse que na promoção de vocações ao sacerdócio a atenção aos coroinhas é decisiva.”Se as crianças e os jovens vêem no sacerdote a alegria de ser ministros de Cristo e depositários dos mistérios divinos, a generosidade para administrar os sacramentos, em particular a Reconciliação e a Eucaristia, então se perguntarão se não pode ser esta” “a opção mais cheia de felicidade para suas vidas”, afirmou o purpurado colombiano.
SÃO TARCÍSIO – PADROEIRO DOS COROINHAS
 
Viveu por volta do ano de 258 da era cristã, Tarcísio era acólito, acompanhando o próprio Papa na celebração Eucarística. Durante a terrível perseguição de Valeriano, muitos cristãos foram presos e condenados à morte. Nas tristes prisões, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer - se com Cristo Eucarístico (chamado viático). Às vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sixto II não sabia como levar o Pão dos Fortes àquelas heróicas testemunhas de Cristo que estavam na cadeia.
Foi então que Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo-se pronto para essa piedosa tarefa. Com relação ao perigo, Tarcísio afirmou que se sentia forte, disposto antes a morrer que a entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
Comovido por essa coragem, entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam ser distribuídas como viático aos próximos mártires. Tarcísio passando pela Via Apia, a grande estrada ao lado da qual se encontram as catacumbas, alguns rapazes notaram sua estranha compostura e começaram a fazer perguntas do que levava, já suspeitando de algum segredo dos cristãos.
Ele, porém, julgando ser coisa indigna de entregar, negou-se terminantemente a fazê-lo. Foi então por eles torturado, batido e apedrejado. Após sua morte, revistaram-lhe o corpo e a caixinha, e nada foi achado do Sacramento de Cristo.
Seu corpo foi recolhido por um soldado ocultamente cristão de nome Quadrado, que o levou ás catacumbas, onde recebeu honorífica sepultura.
Conservam-se ainda nas catacumbas de São Calixto inscrições e restos arqueológicos que atestam à veneração que Tarcisio granjeou na Igreja Romana.

Tarcisio foi declarado padroeiro dos Coroinhas, porque servem ao Altar ao Presbítero, e como exemplo de São Tarcisio, guarda a Sagrada Eucaristia com sua própria vida.

Os Coroinhas no Santuário

 Frei Ma uro Strabelli, então Pároco do Santuário, com o pensamento voltado para a evangelização das crianças e procurando abrir espaço na Igreja para elas, convidou casais da Paróquia para organizarem e coordenar a Pastoral dos Coroinhas.
Os coordenadores buscaram em suas comunidades crianças e adolescentes com idade entre 7 e 14 anos, para serem Coroinhas. O primeiro encontro formativo aconteceu no dia 20/04/2002, coordenado pelo casal Elisângela e Antônio Henrique, com a apóio do Aspirante à Vida Religiosa, Sérgio. O coordenador espiritual era o Frei Clementino.
Após 4 meses de formação aconteceu a 1ª INVESTIDURA DOS COROINHAS, no dia 01/09/2002, na missa das 10h30min com aproximadamente 100 crianças. Nesta época os coordenadores eram o casal Mara e Edvaldo.
Os coroinhas passaram a servir o altar nas missas realizadas em suas comunidades e em datas especiais todos juntos participavam no Santuário São Francisco de Assis.
Com a chegada do Frei Cícero, em agosto de 2002, o grupo teve um novo ânimo, pois este Frei vestiu a camisa em defesa desta nova Pastoral. A partir daí, já com a Coordenação geral do casal Mara e Edvaldo, passamos a realizar alguns eventos para manter as atividades com os coroinhas, para que pudessem aprender a compartilhar, a trabalhar em comunidades e a união.
No começo de 2005, Frei Cícero foi transferido para Piracicaba e a coordenação passou para o casal Auri e Rosana. Este casal, com muita luta, manteve os coroinhas na Paróquia, pois o apoio não era como antes.
Todos os anos são realizados curso para formação de novos coroinhas, hoje temos 150 coroinhas. Mensalmente todos os coroinhas participam de uma reunião no Santuário, também no 1º Domingo do mês a missa das 9h30min é Coordenada pela Pastoral dos Coroinhas. Além de reunirem e participarem nas missas em suas Comunidades.
 
Atualmente os coordenadores das Comunidades são:
(1) Elaine e Agnaldo – Santuário São Francisco de Assis
(2) Verônica e Claudemir – Comunidade da Fátima
(3) Cida e Cícero – Comunidade São José
(4) Maria - Comunidade Boa Jesus
(5) Lucemi e Florindo – Comunidade Aparecida
(6) Nadir – Comunidade São João
(7) Luiza e Luiz – Comunidade São Pedro
(8) Moema e João – Comunidade São Sebastião
(9) Carla - Comunidade Nossa Senhora dos Anhos.
(10) Auricélio e Rosana - Comunidade Santa Rita de Cássia

 

A coordenação geral é a seguinte:

 
Coordenador Central – Lucemi e Luiz Carlos
Tesouraria – Cida e Cícero
Liturgia- Giovana
Festividade – Luiza e Luiz
Afetividade – Lucemi e Luiz Carlos
C.P.P – Lucemi e Luiz Carlos
Secretaria – Elaine e Agnaldo
    Ó Jesus adolescente que vivias com o Pai Celeste em profundo e filial sintonia, aceita nossa dedicação a serviço da liturgia.
Tu me Chamastes a ser coroinha na tua igreja neste imenso Brasil, na tua comunidade que também é minha.
Nosso desejo é tratar com respeito, sem preconceito, as pessoas da comunidade, que contam com seu auxílio na difícil caminhada; dá-nos um coração repleto de amor aos pobres e simples deste mundo.
Alimenta-nos com tua palavra e com teus ensinamentos, pois queremos te ajudar, ó Jesus, a transformar a sociedade, e assim celebrarmos dignamente, com sinais, ritos e movimentos, a salvação que ofereces hoje e sempre em favor da humanidade. Amém!
 
ORAÇÃO DE SÃO TARCÍSIO
 
Ó glorioso São Tarcísio, que agora no céu estais a gozando o prêmio do vosso amor verdadeiro a Deus, de fidelidade e proteção constante à Santa Eucaristia.
Abençoai nossas famílias e os devotos, que buscam em Ti o Amor e a Coragem de lutar por Jesus Cristo.
Quero, neste dia, seguir sua bravura, sentindo em meu coração a Santa Eucaristia, seguindo a Jesus Cristo, amando e respeitando o serviço de sua Igreja, o Magistério de nossa Fé.
Livre-me da maldade e de tudo o que pode me separar de Deus, do próximo e da salvação eterna. Concedei-me a graça que desejo alcançar (Pedido).
Graças e louvores se dê a cada momento, ao Digníssimo Santíssimo Sacramento.
localiza
Endereço: Av. Luis Osório, nº 450
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